Apenas o grito a assistir à sua extinção.

Tuesday, May 24, 2016

Sabemos

Não se trata de fazer acreditar.
Todos aos poucos vão chegando a um ponto de saturação, depressão, doença... ponto máximo de suportabilidade de todo o condicionamento anti-natura que se cria.

É humanamente insuportável.
E podes até te convencer que tem que ser. Que é o que é suposto. E tentar ser feliz com essa realidade. Mas...

Sabemos bem no nosso âmago, bem no nosso profundo sentir, que existe uma inquietude... uma quase incoerência, que dá erro, sempre que se sente felicidade.
Podes até senti-la, mas ela será efémera.

E haverão dias cinzentos, haverão dias de sofrimento... e haverão os que são de plenitude... efémera plenitude... porque o centro logo se faz sentir. A mente logo dispara questões, imagens, memorias, emoções que não sabemos de onde veem. Que só não se compreendem, porque estamos alheados ao que somos.

Como nos poderemos contentar com tamanha imperfeição... como se fossemos condenados à nascença como um erro de fabrico... como nos podemos aceitar sem descobrirmos o que somos?

Descobrir, não adquirindo informação, contexto. Apenas sentindo, sendo, estando. Comungar dessa permanência de movimento que é. Que tudo é.

Se o erro é apenas o perpetuar da crença de que somos personalidade/corpo confinada a existência sofrida. Ou que temos que ir à procura do que somos. Quando temos, não somos. E assim, nos condenamos per si.

E Ir à procura do que somos experienciando, sem ter a noção do que se é. É viver na ilusão da procura, do atingir do prémio que nunca virá. Quando as experiencias estão todas aí para serem vividas em consciência.
O ego, procura experiencias. Só assim ele se mantêm vivo. Pois ele é o registo de toda a vivencia. Logo não passa de uma ideia, que nos deixa à parte do que somos.

A Consciência está aqui. Só sintonizar. Ser.



 

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