Os extremos são reflexo do ego. Manifestação egoica, sem
consciencia dela mesma.
Nessa percepção, a expressão “ é no meio que mora a virtude”
tem um significado pleno.
E aquilo que é, no agora é o concretizar dessa compreensão.
Percepção profetizada à anos. E cheguei a sofrer por antecipação, imatura… por
saber de um futuro onde perderia para sempre a beleza da poesia e de qualquer
outra arte do Homem.
Sorrio.
Sofrer por antecipação – sofrer com a ideia de uma ideia de
um futuro.
Uma ideia destinada à fragmentação do que era. Pela natureza
fragmentada do que é uma ideia.
Hoje, no agora, confirmo a profecia. Morreu a ideia da arte,
mas ela não parou de falar comigo. Fala agora uma língua mais clara, menos
confusa, mais ordenada. Pois ela é arte, apenas e só porque existe o
espectador. E só encontramos significado, porque o procuramos.
E essa sempre foi minha incompatibilidade com o mundo da
arte. Pois no mundo, como na arte, o Homem que a pensa, só a reconhece quando a
compreende, assim que se forma o conceito. Passou-se a fazer arte, tendo como
base a ideia. Sem conceber outro principio... outro centro...
A arte que assino não é reconhecida, pois ela é só
consequência da espontaneidade, sem premeditação. Considerado apenas um desenho
bonito, por não ter ideia subjacente, logo nulo. Indigno de reconhecimento no
passado que é o pensamento. Irreconhecível como arte, no mundo conceptual que
se faz existir pendurado numa ideia. Ironico!
Uma nulidade conceptual que se faz existir por ideia
nenhuma.
E este é o conceito do não conceito e por isso, um conceito
ainda assim. E tudo se repete. A mente traduz tudo com o passado.
E este é o conceito do não conceito da arte que assino. Sem
novidade, como toda a arte que é... ela é só a expressão do já conhecido e se já
é conhecido/reconhecido, não há novidade em nada que se classifique de arte.
Pois o pensamento que a pensa, não é novo. É apenas o produto do acomular de
informação, memória, comparação. Não há novidade.
Novidade é o momento
que deixa de existir após o reconhecimento.
Espantem-se as mente incautas, a arte é repetição quando
nela se procura o porquê, pois a mente que procura nela respostas, sofre dessa limitada natureza.
E não imaginam como a vida é simples e ordeira quando o
entendimento do que somos, acontece em nós. Chega a ser trivial de tão
previsível.
O espelho que se repete em si, sendo fragmento do todo que
é.
Kkkkk loucos são os lúcidos kkkkkkkk
Só o grito a assistir sua extinção.
Assistir II (continuação)
Quando "tem que se fazer", "tem que se ser", quando "temos de"... esse espaço de tempo, indica que não estamos a senti-lo. Estamos num suposto futuro, que só não o é, porque não se sente com o coração. Ao contrario, pensa-se. Como uma ordem que tem que ser cumprida, imposta ao curso natural das coisas. É em si conflito, que só pode gerar conflito.
Observa-lo é respeitar e seguir o curso de vida com a percepção e a compreensão de todo o equilíbrio em constante movimento.
Quando se tira a ultima máscara que nos leva ao agora, a verdade é a única razão que nos sustenta. A maravilhosa percepção do infinito em nós é assombroso. Nossas células respiram e podemos senti-lo.
Observar nossas impaciências e aceita-las pois são nossas. Apenas o exterior a reflectir o interior. E ter a seriedade de observar e assistir à diluição completa da emoção.
Por isso o caminho do meio, ser o virtuoso. Longe de extremos emocionais, longe da ilusão.
Daí a previsão da morte da arte/emoção... do perfume da poesia... saudosismo do romantico espiritual de Pessoa... pronuncio da nascida lucidez, do brilho e cadencia de quem atravessou um portal... para um mundo onde a cor vibra...
Seja qual for o timing de vocês, que todos sejam a felicidade em tudo o que fazem.
Assistir II (continuação)
Observa-lo é respeitar e seguir o curso de vida com a percepção e a compreensão de todo o equilíbrio em constante movimento.
Quando se tira a ultima máscara que nos leva ao agora, a verdade é a única razão que nos sustenta. A maravilhosa percepção do infinito em nós é assombroso. Nossas células respiram e podemos senti-lo.
Observar nossas impaciências e aceita-las pois são nossas. Apenas o exterior a reflectir o interior. E ter a seriedade de observar e assistir à diluição completa da emoção.
Por isso o caminho do meio, ser o virtuoso. Longe de extremos emocionais, longe da ilusão.
Daí a previsão da morte da arte/emoção... do perfume da poesia... saudosismo do romantico espiritual de Pessoa... pronuncio da nascida lucidez, do brilho e cadencia de quem atravessou um portal... para um mundo onde a cor vibra...
Seja qual for o timing de vocês, que todos sejam a felicidade em tudo o que fazem.
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